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As 50 maiores transferências do mercado mundial

As 50 maiores transferências do mercado mundial

ter, 03/01/12
por Emerson Gonçalves |
categoria Negociações de AtletasRankings

A temporada de caça da meia estação está aberta. Pode chamar, também, de janela de inverno – do hemisfério norte, porque, por aqui, ao sul do Equador, a coisa tá quente.
Boatos, rumores e fofocas agitam os meios de comunicação. Sonhos e pesadelos são alimentados incessantemente, nessa era de comunicação global instantânea, a ponto da FIFA dizer que Chen Zhizhao já era do Corinthians enquanto dirigentes do clube paulista diziam que não era bem assim.
Aproveitando a janela, aproveitando essa temporada em que números batizados de euros cruzam os ceus a grande velocidade e em grandes quantidades, vamos dar uma olhada nas 50 maiores transações da história do futebol na era moderna.
Esse trabalho foi preparado pela Pluri Consultoria e vai mostrar-nos algumas coisas interessantes, além da simples lista dos 50+. Vamos, então, a ela, dividida em três tabelas e com alguns comentários tirados do estudo da Pluri sobre o mercado atual entre uma tabela e outra.

A janela de verão não movimenta o mesmo volume de dinheiro que a janela de verão, estrategicamente situada entre o final de uma temporada e o começo de outra.
Esse fato simples faz dos clubes brasileiros vítimas permanentes do mercado.

A expectativa é que nesse ano de 2012 não vejamos grandes movimentações envolvendo grandes nomes, ao contrário de 2001 e 2009, mas longe, também, do movimento relativamente baixo de temporadas como 2004, 2006 e 2008.

 
Apesar do cuidado em relação ao Fair Play Financeiro, as grandes movimentações que porventura ocorrerem deverão partir dos novos-ricos do mercado, em especial O Paris Saint Germain e Manchester City, bem como, ainda, o Chelsea.
Alguns rumores apontam que a transferência do patrício Hulk, do Porto para o Chelsea ou PSG, poderá até bater o preço de Cristiano Ronaldo – 94 milhões de euros. Eu mesmo não acredito em tal loucura, mas, ainda segundo a consultoria que também acha pouco provável tal possibilidade, é bem possível que sua transferência ultrapasse o valor pago pelo Real Madrid por Kaká – 65 milhões. (Se isso acontecer, ficarei de queixo caído, sem conseguir acreditar, embora saiba que dinheiro novo entrando sempre faz loucuras.EG)
A consultoria aponta alguns jogadores que poderão movimentar fortemente o mercado: Tevez, Malouda, Sneijder, Álvaro Pereira, Kaká e Nilmar, além do já citado Hulk.
No mercado sul-americano: além do peruano Vargas, já negociado, há expectativa em torno dos argentinos Luque e Ocampo e o peruano Andy Polo. No Brasil, os nomes que podem agitar com valores altos são Leandro Damião e Oscar, Lucas e Casemiro e Dedé e Rômulo. A consultoria ainda aponta Ganso, mas não considero provável sua saída, não já, nessa janela.

 
Considerando as nacionalidades dos jogadores que protagonizaram as 50 maiores transferências, encontramos nove argentinos contra oito brasileiros. na sequência, em número de jogadores mas não em ordem de valores totais, seis espanhois, 5 de cada de Portugal, Inglaterra e França e 4 italianos.
Entre as 10 transações, apenas um brasileiro: Kaká, na passagem do Milan para o Real Madrid, por 65 milhões de euros.

O quadro dos clubes que mais compraram não traz novidades: Real Madrid, Barcelona, Manchester United e Chelsea, sendo que os dois ingleses só não empatam em valor e número de jogadores porque o United gastou meros cem mil euros a mais num total de 195 milhões para cada clube.
Apenas 14 grandes clubes da Inglaterra, Espanha e Itália foram responsáveis por nada menos que 94% das 50 maiores transferências.
Chamou minha atenção nessa lista a presença de um só clube alemão, o Bayern Munique, na 14ª colocação. Chama a atenção, mas não causa surpresa, dado o comportamento dos clubes da Bundesliga (EG).

 
Entre os clubes vendedores, dois nomes interessantes nas duas primeiras colocações: os italianos Lazio e Parma. No mais, 38 times da Espanha, Inglaterra e Itália respondem por 78% dos 50 jogadores envolvidos nas 50 maiores transferências.

Também nessa lista por países vendedores Espanha, Inglaterra e Itália lideram com folga, apresentando 38 clubes como origem das transferências, os mesmos 76% da tabela anterior, naturalmente. Brasil e Argentina estão empatados, com apenas um jogador entre as 50 maiores transferências: Saviola, vendido pelo River Plate ao Barcelona, e Denílson, vendido pelo São Paulo ao Betis. A transferência de Denílson é, também, a mais antiga dessa lista dos 50 maiores negócios, tendo sido realizada em 1998 por 31,5 milhões de euros.

 
Entre 1998 e 2011, apenas dois anos não apresentaram nenhuma grande transferência: 2004 e 2006. Apesar da crise econômica que aflige todos os países europeus, variando somente a intensidade, 2011 foi o terceiro ano em valor de transações de grande porte, o que é explicado por dinheiro de fora da Europa, ou melhor, da Europa Ocidental, além, naturalmente, do Oriente Médio.
 
Por fim, uma curiosidade: somente quatro jogadores conseguem aparecer duas vezes na lista: o espanhol Fernando Torres em 2007 e 2011, os argentinos Hernán Crespo em 2000 e 2002 e Juan Sebastián Verón em 1999 e 2001, e o francês Nicolas Anelka em 1999 e 2000.
 
Post scriptum – Atualização de valores
 
Diante dos questionamentos de alguns leitores, comentei a questão com o responsável pelo trabalho dentro da Pluri Consultoria, que disse-me ter sido essa hipótese levantada na fase de elaboração, mas acabou sendo descartada.
O resultado seria discutível devido aos desequilíbrios monetários entre os países (alguns com modas desvalorizadas, outros com moedas sobrevalorizadas). Para compensar um pouco, haveria necessidade de considerar a paridade do poder de compra e outros fatores, tornando tudo muito complicado.
Outra possibilidade seria corrigir os valores pelos índices de preços de cada país, mantendo efeitos cambiais à parte. Não seria tão complicado, mas levaria a resultados que beirariam o bizarro, como os casos das transferências de Breitner em 1974, do Bayern para o Real Madrid, e de Andy Gray, do Aston Villa para o Wolverhampton, no mesmo ano, que resultariam nas maiores transferências da história.
Considerando prós e contras, a decisão foi por manter os valores históricos – opinião com a qual concordo. Os rankings que correm na Europa são feitos com os valores históricos e, por fim, seu emprego torna mais fácil a assimilação pelas pessoas.
Outro ponto interessante, também e na minha visão desse trabalho, é que exceção feita à transferência de Denilson, todas as demais já se deram após a criação do Euro, que funcionou como moeda escritural, somente, de janeiro de 1999 a dezembro de 2001, passando as notas e moedas a circular em janeiro de 2002.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/olharcronicoesportivo/2012/01/03/as-50-maiores-transferencias-do-mercado-mundial/

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