Atlético x Cene: o time de R$ 106,9 milhões contra o de R$ 2,9 milhões
Valor de mercado do elenco é um dos itens que mostra a disparidade entre os adversários desta quarta-feira, no Mato Grosso do Sul, pela Copa do Brasil
Rodrigo Fonseca – Superesportes
Publicação:
12/03/2012 17:25
Atualização:
12/03/2012 18:17
Conhecida por ser o torneio mais democrático do país, pela participação de times de todos os estados, a Copa do Brasil propicia encontros entre gigantes do futebol brasileiro, que movimentam milhões por mês, e equipes que buscam espaço no cenário nacional com orçamento bastante modesto. Nesta quarta-feira, essas duas realidades estarão em campo frente a frente mais uma vez, no confronto entre Atlético e Cene, em Dourados, no Mato Grosso do Sul.
Só o elenco do Galo, com jogadores como Réver, Danilinho, Guilherme e André, vale 37 vezes mais que o do Furacão Amarelo, como é conhecido o time sul-mato-grossense. Estudo divulgado pela Pluri Consultoria avaliou o grupo atleticano em R$ 106,9 milhões. Já o valor de mercado de todos os jogadores do Cene é de R$ 2,9 milhões.
Um único jogador do Galo é capaz de pagar, com seus rendimentos, toda a folha salarial do adversário. Nossa folha é de R$ 100 mil. O maior salário aqui gira em torno de R$ 2,5 mil, disse o presidente do Cene, José Rodrigues, em entrevista ao Superesportes. No Atlético a folha de pagamentos do futebol é de R$ 2,8 milhões.
Um patrocinador e alguns colaboradores são as principais fontes de renda do Cene. É muito aquém do que precisamos, mas tenho grande orgulho em dizer que não temos dívidas. Somos um clube equilibrado, disse o dirigente.
Foco é Série D
Fundado por um grupo de trabalhadores agrícolas, o Cene (Centro Esportivo Nova Esperança) profissionalizou-se em dezembro de 1999. Foi campeão Estadual quatro vezes (2002, 2004, 2005 e 2011) e vice em 2003 e 2007.
No ano passado, a equipe disputou a Série D, mas faltou recurso para investir no futebol e a eliminação frustrou os planos. Nossa maior dificuldade é levantar o dinheiro. Batemos na porta, ficamos próximos de avançar, mas deixamos a competição, disse o presidente.
E é justamente a falta de dinheiro que faz José Rodrigues admitir: O Cene não colocou a Copa do Brasil como prioridade. Lógico que temos a condição de jogar e vamos entrar com todas as nossas energias contra o Atlético. Mas a nossa situação econômica é outra. A Série D é nosso foco.
Forçar o jogo de volta contra o Atlético, marcado para o dia 21, às 22h, na Arena do Jacaré, é o objetivo. Para isso, o Cene tem de evitar derrota por mais de um gol de diferença. Já eliminar o Galo seria como acertar na Mega-Sena. Mas a gente aposta sempre. Vamos tentar, garantiu o dirigente.
Fonte: http://www.superesportes.com.br/app/1,9/2012/03/12/noticia_atletico_mg,211701/atletico-x-cene-o-time-de-r-106-9-milhoes-contra-o-de-r-2-9-milhoes.shtml