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Cai produção de micro e pequena indústria

MERCADO ABERTO

MARIA CRISTINA FRIAS – cristina.frias@uol.com.br

Cai produção de micro e pequena indústria
O volume produzido pelas micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo caiu no começo do ano e o resultado já afeta o emprego.
No primeiro trimestre, 46% das empresas tiveram queda na produção ante o ano passado, segundo pesquisa do Simpi-SP (sindicato de micro e pequenas indústria em SP).
Entre as indústrias em que a produção recuou, 68% dizem que a queda foi de 11% a 40%. O maior entrave é a concorrência desleal dos importados, segundo Joseph Couri, presidente do sindicato.
O cenário se reflete no emprego. Nos últimos 12 meses, 25% das empresas, que têm até 50 funcionários, demitiram em média seis trabalhadores cada uma, segundo a pesquisa. Outras 19% contrataram em média quatro.
Entre os setores mais afetados estão vestuário, calçados, mobiliário, fabricantes de peças metálicas, máquinas, alimentos e outros.
A pequena fabricante de bolsas de couro Ghazzaoui compete com sintéticos vindos principalmente da China. “Muita gente tem comprado bolsa de material sintético porque é mais barato. Mas ele é também mais poluente, não dura tanto”, diz a proprietária, Emne Ghazzaoui.
A Índia é a origem de produção que afeta o mercado de corantes que podem ser usados no setor da construção, segundo Ricardo de Lima, sócio da Microxcolor. O empresário chega a importar uma parte do material que vende. “Seria bom exportar, mas a crise lá fora afeta a demanda.”
“Apesar do atual quadro ruim, a perspectiva é que melhore. Faremos novos levantamentos para acompanhar”, afirma Couri.
TRANSPORTE TRAVADO
O Brasil ficou na 84ª posição no relatório global de viabilidade comercial de 2012 do Fórum Econômico Mundial.
O resultado representa uma melhora de três colocações em relação ao ranking de 2010.
O estudo deste ano analisou mais de cem indicadores de 132 países.
Um dos piores dados sobre o Brasil diz respeito à infraestrutura para transportes, no qual ficou em 109º lugar, com 3,19 pontos.
Nesse quesito, o país ficou atrás de locais menos desenvolvidos como Tailândia, Peru, Senegal e Bolívia.
No que se refere ao ambiente para fazer negócios, que leva em conta regulação financeira e até mesmo índices de criminalidade, o Brasil está na 75ª posição.
A apuração dos dados no Brasil foi feita pelo MBC (Movimento Brasil Competitivo) e pela Fundação Dom Cabral.
IMÓVEL AINDA EM ALTA
As vendas de imóveis residenciais usados tiveram alta de 14% na cidade de São Paulo entre janeiro e maio deste ano, na comparação com mesmo período de 2011.
Pesquisa da Lello mostra que o valor médio das casas e apartamentos comercializados nos principais bairros do centro ficou em R$ 430 mil.
Do total dos imóveis vendidos, 45% foram por intermédio de financiamentos bancários -mesmo índice registrado no ano passado.
CONDOMÍNIO ESPORTIVO
O grupo Senpar aumentou em R$ 60 milhões o investimento voltado para um condomínio de luxo entre as cidades de Jundiaí e Campinas.
O aporte será para o desenvolvimento de novos lotes e para a construção de campo de golfe, trilhas ecológicas e quadras esportivas.
“Como a área do terreno é de 7 milhões de m2, pudemos incorporar essas demandas dos clientes”, diz o diretor-presidente da companhia, Cesar Federmann.
Investimento de clubes em jogador não chega a R$ 8 mi
A fragilidade financeira do futebol brasileiro inviabilizará contratações superiores a € 3 milhões (cerca de R$ 8 milhões) no meio deste ano, segundo empresários do setor.
Como o valor é baixo para buscar jogadores que atuem na Europa, a alternativa é o mercado sul-americano, responsável por 36 dos 38 atletas estrangeiros inscritos em 2012 pelos 22 maiores clubes do país, de acordo com levantamento da Pluri Consultoria.
“Essa é a tendência, pois a força da moeda brasileira facilita as negociações” diz o empresário Wagner Ribeiro.
Para argentinos e uruguaios, jogar no Brasil representa a possibilidade de ganhar mais sem ficar longe do país de origem, diz Fernando Ferreira, sócio da Pluri.
“É também uma espécie de ‘ponte’ para o mercado europeu. Mesmo com o aumento dos direitos televisivos, os clubes brasileiros não aproveitaram a oportunidade de se equilibrar administrativamente para competir com a Europa”, afirma.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/48214-mercado-aberto.shtml

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