Boa Gestão
ganha jogo!
Flamengo e Atlético-Pr fazem nesta quarta o segundo jogo
da final da Copa do Brasil 2013. Os dois clubes representam atualmente o que há
de melhor no sempre sofrível cenário da Gestão do Futebol Brasileiro, focando
em eficiência, produtividade e profissionalismo. Por anos o futebol brasileiro conviveu
com um ambiente em que, mesmo fazendo tudo errado fora de campo, era possível
conquistar títulos dentro das 4 linhas. Esse cenário vem mudando e, aos poucos,
vai ficando claro para o torcedor que as duas coisas estão intimamente ligadas,
não é mais possível ter um time
competitivo dentro de campo, sem um clube organizado fora dele.
O Flamengo
passa por uma silenciosa e rápida revolução. Apesar da péssima situação financeira que encontrou ao assumir o
clube, a nova Diretoria cortou custos, colocou rapidamente os salários em dia
(problema crônico do clube), trouxe executivos capacitados e promoveu um
verdadeiro choque de gestão. As receitas tiveram forte crescimento, o marketing
rejuvenesceu a imagem do clube e é nítida a preocupação com eficiência, resultados
e transparência, enfim, com as melhores práticas de gestão e governança. Além
disso, reformulou o elenco, reduzindo a folha salarial inflada por medalhões
que não entregavam resultado, substituindo-os por jovens promessas.
Já o Atlético-Pr tem um histórico de boa gestão mais
longo, mas o clube tem a desvantagem de não ter o mesmo porte financeiro dos
principais concorrentes do eixo Rio-SP. Praticamente
sem dívidas, e com rígido controle orçamentário, compensa o fato de ter
receitas menores com uma gestão muito mais eficiente. Prestes a reabrir a
Arena (agora no padrão FIFA), o clube não precisará dividir as receitas do novo
estádio com nenhum operador, o que lhe dará vantagem estratégica em relação aos
demais clubes Brasileiros. Sem fazer loucuras com a contratação de medalhões,
mantém a estratégia de revelar e garimpar bons jogadores, o que lhe traz
resultados dentro de campo e ganhos com a valorização do elenco.
Boa Gestão é
pré-condição para ser competitivo dentro de campo. Sem ela, pode-se até ganhar um ou outro campeonato, mas não
haverá consistência de resultados no longo prazo. Se a política (sempre ela) não
atrapalhar, o futuro dos finalistas da Copa do Brasil promete muitas alegrias aos
seus torcedores.
Abraço
a todos,
Fernando Ferreira, Sócio
Diretor | PLURI Consultoria – fernando@plurisports.com.br