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Rico e pobre Paulistão

Rico e pobre Paulistão

qua, 26/06/13
por Emerson Gonçalves |
categoria Estaduais

Depois de 23 rodadas e um total de 202 partidas, o Campeonato Paulista de 2013 fechou com uma receita bruta pouco maior que R$ 35 milhões. Um belo número, sem dúvida, se for considerado isoladamente, sem nenhuma continha de divisão por clubes e por partida, o que veremos nesse post, baseado em trabalho do especialista Everton Oliveira, para a Pluri Consultoria.

O Corinthians lidera a lista, com uma bilheteria média de quase 800 mil reais. O segundo colocado, bem distante, com uma receita média que representou 52% da corintiana, foi o São Paulo, com pouco mais de 400 mil reais por jogo. Depois o Santos e o Palmeiras, esse último com o Botafogo bem pertinho. A receita do Botafogo, porém, ilude, pois quase metade de sua receita total veio de um único jogo no Santa Cruz… Contra o Corinthians.
Os números acima que já não são brilhantes, pioram ainda mais quando saímos da receita bruta para a receita líquida, aquela que, efetivamente, entrou nos cofres dos clubes, como veremos na tabela abaixo.

Como diz o autor do estudo: “Estes são os valores que melhor traduzem a realidade de cada clube em dias de jogos, pois demonstram quanto cada um está lucrando, em média, dentro de seus estádios. Em outras palavras, quanto sobra de receita depois que todas as despesas são quitadas”.
Corinthians e São Paulo lideram com boa margem, apesar do primeiro pagar o aluguel do Pacaembu. Reparem na queda do Palmeiras, de quarto em receita bruta com média de 235 mil reais, para sexto em receita líquida, com a média baixíssima de apena 75 mil reais por partida, reflexo óbvio da impossibilidade de usar seu estádio, em reformas.
Em 28% das partidas os mandantes tiveram prejuízo, ou seja, a receita líquida sequer cobriu os custos de realização das partidas. Nada menos que 14 das vinte equipes, inclusive Santos e Palmeiras (uma partida cada), tiveram pelo menos uma partida no vermelho. Nesse quesito, Bragantino, Mogi Mirim, Oeste e São Caetano lideram, com sete partidas com prejuízo em seus estádios. É muito preocupante a posição dos dois clubes de Campinas, ambos tradicionais e num centro econômico que se coloca entre os maiores do Brasil, superior a mais da metade das capitais, e assim mesmo tiveram 6 partidas com prejuízos cada um.
O gráfico a seguir diz tudo que é necessário saber sobre o Campeonato Paulista:

Receitas pífias da 1ª à 19ª rodada, seguidas por grandes boas receitas entre a 20ª e a 23ª ou, trocando em miúdos, entre as quartas e a final. O público não compareceu aos jogos da fase classificatória, simplesmente. E isso no estadual de melhor qualificação técnica no Brasil. Sintomático.
Na próxima tabela veremos uma informação interessante: o lucro dos clubes no estadual.

São Bernardo, Linense e Botafogo formam o trio dos mais eficientes, conseguindo os melhores resultados líquidos de seus jogos.
Outro ponto muito interessante levantado pelo estudo do Everton para a Pluri: os preços médios cobrados pelos 16 clubes considerados pequenos nos jogos entre eles e nos jogos contra os grandes:

É a confirmação da velha verdade: os pequenos dependem dos jogos contra os grandes para ter alguma receita. O preço médio desses jogos foi 100,6% maior que o preço médio dos jogos contra os pequenos, com o destaque percentual da Ponte Preta: 266,8%.
Esses números permitem muitas e diversas considerações. Uma delas é: por que as comunidades locais não dão suporte às suas equipes, a exemplo do que vemos, por exemplo, na segunda, terceira, quarta e divisões da Inglaterra?
Até que ponto o brasileiro gosta do futebol?
Ou só gosta do seu clube de coração, que é, pelos números, um grande clube?

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/olharcronicoesportivo/2013/06/26/rico-e-pobre-paulistao/

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