Os times que mais valorizaram no Brasileiro 2012
qui, 06/12/12
por Emerson Gonçalves |
categoria Mercado, Rankings
Dentro de seus parâmetros e critérios, e isso é importante ficar claro para o torcedor, a Pluri Consultoria elaborou a lista com a nova valorização dos times que disputaram esse Brasileiro recém-encerrado.
O que veremos na lista é o valor calculado pela empresa para os elencos dos clubes, ou seja, não tem absolutamente nada a ver com o valor do clube.
Clube é uma coisa.
Time ou elenco é outra.
Os valores foram obtidos a partir de critérios que a empresa adota e são fornecidos por um software próprio desenvolvido para esse fim.
A valorização dos elencos
Esse trabalho considerou as variações de valor dos elencos + transferências ocorridas durante o campeonato dos 20 clubes da 1ª divisão. O valor inicial foi o valor de cada elenco na abertura da competição comparado com o valor no final. Os 20 clubes fecharam o campeonato Brasileiro valendo 1,006 bilhão, valor 1% inferior ao 1,020 bilhão do início do campeonato. Esta redução de 14,3 milhões é resultado de um saldo líquido negativo de transferências de jogadores para o exterior no valor de 40,3 milhões (Oscar, Diego Souza, Rômulo, etc), que foi amenizado por uma valorização de 14,3 milhões dos jogadores que permaneceram em seus clubes.
Santos, São Paulo e fluminense têm hoje os elencos mais valorizados do futebol brasileiro, de acordo com os critérios da Pluri.
Tomando por base somente a valorização dos elencos, sem considerar aumentos devido a transferências de jogadores, houve uma valorização real de 2,6%, algo como 26 milhões de euros. Com um ganho de 11,4 milhões de euros, o São Paulo foi o elenco com maior valorização absoluta 9,6%. Em seguida vem o elenco do Fluminense, com valorização real de 11,1 milhões de euros, equivalente a 14,0% a mais em relação ao início do campeonato. Na terceira posição desse pódio está o Atlético Mineiro, com uma valorização de 9,1 milhões de euros, correspondente a mais 13,2% em relação ao valor inicial do Brasileiro.
Internacional, Palmeiras e Flamengo apresentaram as maiores desvalorizações, ou seja, tiveram variação negativa de valores entre o início e o final da competição da ordem, respectivamente, de -5,5%, -7,3% e -4,8%.
Considerando os valores relativos, as maiores valorizações foram do Náutico com 15,2%, Fluminense com 14,0% e Atlético Mineiro com 13,2%. E as maiores desvalorizações relativas foram do Figueirense com -9,8%, Palmeiras com -7,3% e Atlético Goianiense com -6,4%.
Levando em consideração o conjunto valor do elenco + as transferências realizadas pelas equipes durante o campeonato, o destaque também foi para o São Paulo, cujo elenco teve aumento de valor de 27,5 milhões, resultado de valorizações dos jogadores mais as contratações de Ganso, Tolói e outros. Em seguida aparecem Atlético Mineiro (+ 14,3 milhões) e Fluminense (+ 8,3 milhões).
No lado negativo, o destaque foi para o Santos com perda de valor de elenco (variação real + transferências) de 21,7 milhões, resultado diretamente decorrente das saídas de Ganso, Elano e Ibson. Em seguida vem o Vasco com perda de 18 milhões (vendas de Diego Souza, Rômulo, Fagner e Allan) e o Internacional com - 17,9 milhões (venda de Oscar).
As duas pontas da lista
Esse tipo de trabalho da Pluri sempre permite considerações interessantes, um pouco à parte da simples análise ou visualização de números. Tomando os dois extremos dessa lista, temos dois clubes que fugiram à cartilha e trocaram seus treinadores no meio da competição.
Um deles, o São Paulo, trocou um treinador que reconhecidamente não consegue bons trabalhos há muitos anos e tem uma concepção antiquada do futebol Emerson Leão por outro que é o oposto. Mais jovem, mas não por isso, tem uma outra visão do jogo e do trato com os jogadores, sem abrir mão da famosa, supervalorizada e pouco compreendida disciplina Ney Franco. Com ele no comando o São Paulo voltou a respirar e a jogar futebol. Ainda falta muito para ele ter o time desejado em campo, mas está no caminho, apesar de alguns percalços como o de ontem, em La Bombonera.
O outro é o Internacional, que no final de julho demitiu Dorival Junior, que foi abordada no post O Internacional faz uma troca fora de hora. O problema começou pela troca na minha opinião Dorival deveria ter tido sua autoridade reforçada e permanecido no clube e culminou com duas contratações desastrosas para o momento e para o elenco do clube: Falcão, que há muito não treinava e não tem experiência como treinador de clubes e, principalmente, Fernandão, promovido de ex-jogador a treinador. Esse tipo de coisa às vezes funciona, mas muito, muito raramente em clube do porte do Internacional e com o elenco que o Beira-Rio abriga. Deu no que deu.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/olharcronicoesportivo/2012/12/06/os-times-que-mais-valorizaram-no-brasileiro-2012/