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Receitas das federações repete hegemonia do eixo Rio-SP no gramado, aponta estudo

Desigualdade é uma palavra comum e bem conhecida dos brasileiros. No campo econômico e social, a diminuição e o fim das diferenças caminham, ainda que a passos lentos. Já no mundo da maior paixão nacional, o futebol, a realidade se repete, mas nada indica que haverá algum dia uma equalização de receitas dentro das entidades que administram o mundo da bola em cada um dos 27 Estados do Brasil.

A conclusão está baseada em um recente estudo da Pluri Consultoria, consultoria especializada em gestão esportiva. Com base nos balanços de 21 das 27 federações, divulgados na internet, foi possível alcançar quadros de pura desigualdade, a qual não escapa de reflexos dentro das quatro linhas. Um exemplo é a FPF (Federação Paulista de Futebol) arrecadar R$ 25,724 milhões, ante os R$ 261 milhões da FMF (Federação Maranhense de Futebol), ou seja, mais de 98 vezes mais.

O número total das receitas, levando em conta também o que arrecada a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) mostra um montante de R$ 392,3 milhões, com lucro líquido de R$ 80,5 milhões, segundo a consultoria. Como acontece em caráter econômico e social, o bolo é grande, porém a falha está em como a divisão é feita no que diz respeito a uma igualdade e uma justiça maior entre todos os Estados.

Sem levar em conta os números confortáveis da CBF (sozinha arrecadou R$ 313,4 milhões), a situação das 21 federações não parece tão boa, se levar em conta que o lucro supera pouco menos da metade do endividamento (R$ 78,9 milhões contra R$ 46,3 milhões).

A presença de São Paulo no topo das federações com as maiores receitas demonstra a força dos clubes do Estado, mais precisamente os quatro grandes Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, que contam com alguns dos maiores patrocínios do País. A FCF, federação do Rio de Janeiro, vem a seguir com uma receita de R$ 11,973 milhões, com Rio Grande do Sul (R$ 8,407 milhões) e Paraná (R$ 4,635 milhões) vindo logo a seguir.

Já entre as menores receitas aparece uma das 12 sedes do País na Copa do Mundo de 2014. A FAF, federação do Amazonas, arrecadou R$ 682 mil, só tendo uma receita maior do que Tocantins (R$ 633 mil), Piauí (R$ 272 mil) e Maranhão (R$ 261 mil).

Outros dados interessantes do levantamento apontam que a federação paranaense é a mais endividada com folga (deve mais de R$ 59 milhões), enquanto o futebol alagoano deu um prejuízo de R$ 445 mil em 2011, um recorde entre as 21 federações que integram o estudo. Já o lucro e patrimônio da CBF (R$ 73,619 milhões e R$ 258,440 milhões, respectivamente) enfatizam a concentração de receita na mão de uma única entidade, já que ultrapassam 70% do bolo total.

A consultoria afirma ainda que é preciso levar em conta que faltam dados confiáveis e mais transparentes para um quadro mais apurado da situação do futebol brasileiro (seis federações sequer divulgam seus balanços, seja em seus sites, seja via CBF), o que denota que ainda há muito trabalho pela frente, mesmo com a franca ascensão das receitas e lucros registrados no futebol nacional.

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